A Lenda das Orquídeas



As orquídeas são plantas da família Orchidaceae, pertencentes à ordem Asparagales, uma das maiores famílias de plantas existentes no mundo. Apresentam várias e variadas formas, cores e tamanhos e estão presentes nas áreas tropicais de todos os continentes, à exceção da Antártida.





As orquídeas crescem sobre árvores, que usam como apoio na busca da luz, mas não são parasitas, nutrindo-se apenas de material em decomposição que cai das árvores e se acumula em suas raízes. Elas se reproduzem de várias formas: na natureza pela dispersão das sementes, e em cultivo, pela divisão de touceiras, semeadura in-vitro ou meristemagem.





Segundo uma lenda, as bruxas usavam as raízes tuberosas das orquídeas (semelhantes a testículos humanos) no preparo de poções mágicas: as frescas para promover o amor, as secas para provocar paixões!







Os herbalistas do século XVII chamavam-nas de Satírias, em referência a Sátyros, deus grego habitante das florestas, que segundo os pagãos, tinha chifres curtos e pés e pernas de bode. Na língua portuguesa, aliás, a palavra Sátiro é sinônimo de devasso, libidinoso.







Conta a lenda que Orchis, filho de um Sátiro com uma Ninfa, foi assassinado pelas Bacantes, sacerdotisas de Baco, deus do vinho, mas graças às preces do pai, transformou-se em uma flor, a orquídea!





Desde a Idade Média, as orquídeas são populares pelas supostas propriedades afrodisíacas e tornaram-se sinônimo de fertilidade e virilidade, tanto que poções especiais preparadas com as raízes tuberosas e as folhas carnosas de algumas espécies foram tidas como estimulantes sexuais capazes de auxiliar na concepção de bebês do sexo masculino.