Família Orchidaceae

Foto: Ludovina Maria Braga
Nome Científico: Arundina bambusifolia
Nome Popular: Orquídea-bambú, Arundina
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Burma
Ciclo de Vida: Perene


Orquídea terrestre bastante rústica, a arundina, como também é chamada, se encaixa perfeitamente no estilo dos jardins tropicais e contemporâneos. Apresenta caule juncoso, formando grandes massas que crescem até uma altura de 2 m. As folhas são finas, estreitas, compridas e lanceoladas, com um comprimento de 9 a 19 cm e largura de 0,8 a 1,5 cm. As floresse formam no verão e apresentam uma tonalidade lilás rosada com o labelo púrpura. A orquídea-bambú pode ser utilizada como bordadura, renques, ou isolada no jardim, assim como em vasos e jardineiras, sozinha ou compondo com outras plantas.

Esta espécie pode ser cultivada à meia-sombra ou a sol pleno, em solo rico em matéria orgânica. Quando plantada em vaso, a mistura recomendada é de 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgânico. Aprecia regas regulares sem encharcar o substrato, devendo ser irrigada cada vez que o substrato secar na superfície. Floresce mais intensamente em regiões de clima tropical e equatorial. Não tolera geadas. Multiplica-se pela divisão das touceiras ou por estacas-ponteiro obtidas das brotações laterais das hastes.


Autor: Raquel Patro




Foto: Carlos Tatsuta
Nome Científico: Cattleya harrisoniae
Sinonímia: Cattleya concolor, Cattleya harrisonii, Cattleya papeiansiana, Cattleya harrisoniana, Cattleya brownii
Nome Popular: Cattleya harrisoniae
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene


A Cattleya harrisoniae é uma espécie brasileira que tem como habitat a Serra do Japi, em São Paulo, seguindo pela parte baixa da Serra da Mantiqueira, mangues de quase toda a Baixada Fluminense até o litoral norte do Espírito Santo. É uma orquídea com pseudobulbos finos, roliços e sulcados até quarenta centímetros de altura, portando duas folhas coriáceas e pontudas de cerca de 25 centímetros de comprimento e cor verde-clara. Hastes florais eretas com duas a seis flores. Flor de dez centímetros de diâmetro de cor lilás escuro, que a diferencia de sua semelhante a Cattleya loddigesii, de florescimento em julho. A maior diferença entre as duas é que a C. harrisoniae mostra um colorido amarelo-ouro no labelo, próximo da junção com as pétalas. São poucas as variedades conhecidas, com destaque para a alba e a estriada. Muito utilizada em hibridizações. A floração ocorre de dezembro a fevereiro.

A orquídea C. harrisonieae é epífita, gostando mesmo é de ficar enraizada em troncos de árvores ou em vasos de barro ou de xaxim. O susbtrato para o seu cultivo é composto principalmente de folhas decompostas e xaxim macio (atualmente substituído por fibra de coco principalmente). Quanto à luminosidade, ela prefere meia-sombra e aprecia local iluminado protegido da incidência direta dos raios de sol das 11 às 3 da tarde.

As regas devem ser constantes no início do desenvolvimento da muda. Depois, sempre que o solo estiver seco e uma vez por quinzena nos meses mais frios. As adubações resumem-se à pulverizações quinzenais com NPK 10-10-10, utilizando a quantidade recomendada pelo fabricante. Dois meses antes do período da floração é recomendado usar NPK 4-14-8.


Colaborador: Augusto Aki




Foto: Rita Barreto
Nome Científico: Cattleya sp
Nome Popular: Catléia, Orquídea, Orquídea-catléia
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Central e América do Sul
Ciclo de Vida: Perene


As Catléias estão entre as mais bonitas e populares orquídeas, sendo por este, entre outros motivos, as preferidas para a produção de híbridos comerciaisda moda, normalmente com orquídeas do gênero Laelia, Brassavola e Brassia, amplamente disponíveis no mercado. Sua flores são bastante grandes e vistosas e surgem durante a primavera ou outono. São rizomatosas e possuem um pseudobulbo alongado e bastante intumescido, com uma ou duas folhas também rígidas e intumescidas. As Catléias se diferenciam das Lélias por apresentarem 4 políneas*, enquanto as segundas apresentam 8 políneas.

Ao adquirir uma Catléia florida, mantenha-a dentro de casa, próxima a uma janela bem iluminada. Regue-a sempre que o substrato secar. Suas flores são muito duráveis se cuidadas desta maneira. Quando a flor murchar e secar, remova-a, juntamente com a haste floral, cortando com uma tesoura esterilizada. A partir deste momento você poderá replantá-la caso necessário.

As Catléias são em sua maioria epífitas, isto é, desenvolvem-se sobre o tronco das árvores. Por este motivo você pode cultivá-las sobre as árvores, inicialmente amarradas com barbantes ou sisal. Podem ser cultivadas em vasos também, preferencialmente de barro, madeira ou cerâmica, bem forrados com pedriscos para uma perfeita drenagem. O susbtrato pode ser composto de uma mistura de cascas de árvores, carvão vegetal, cascas e fibras de côco, entre outros materiais próprios para epífitas. Não enterre o rizoma (caule paralelo ao solo), ele deverá ficar sobre o substrato. Devem ser cultivadas à meia-sombra, com regas frequentes no verão e reduzidas no inverno.

A Adubação deve ser suave e diluída, preferencialmente orgânica, como torta de mamona e farinha de ossos. Atualmente encontramos adubos próprios para orquídeas, de liberação lenta. Multiplica-se por divisão da planta, preservando pelo menos 3 pseudobulbos para cada muda, com rizoma e raízes. Evite subdividir demais as plantas, sob pena de elas enfraquecerem muito. Comercialmente pode ser multiplicada por meristema, através de uma avançada tecnologia laboratorial que permite a produção em grande escala de milhares de clones da mesma planta.

*Massas cerosas constituída por grãos de pólen e uma substância viscosa e transparente, presente nos estames de algumas flores, principalmente nas orquidáceas e asclepiadáceas.


Autor: Raquel Patro





Foto: Rita Barreto
Nome Científico: Cymbidium sp
Nome Popular: Cimbídio
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia
Ciclo de Vida: Perene


Uma das poucas orquídeas terrestres, o cimbídio apresenta crescimento simpodial, isto é, formando rizomas e pseudobulbos horizontalmente. É uma orquídea muito popular no Brasil pois devido à sua rusticidade e beleza, é largamente comercializada em vasos. Suas folhas são coriáceas e longas e os pseudobulbos são ovóides. As raízes são grossas e delicadas, quebrando-se ao serem manuseadas sem cuidado.

Os híbridos comerciais apresentam flores de diversas cores, entre o amarelo, o rosa, o vinho, o branco, etc e combinações, sendo que muitas vezes o labelo apresenta cores mais vibrantes e diferentes. A inflorescência, formada geralmente na primavera, é grande e composta de muitas flores.

São cultivados em vasos com substratos preparados, com areia e terra vegetal, bem drenados, em locais protegidos, como estufas e orquidários telados, irrigados regularmente. Aprecia o frio do inverno. Multiplica-se divisão da planta após a floração, separando-se mudas completas com pelo menos dois pseudobulbos cada.


Autor: Raquel Patro




Foto: Rita Barreto
Nome Científico: Dendrobium nobile
Sinonímia: Dendrobium formosoanum
Nome Popular: Olho-de-boneca, Dendróbio
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia
Ciclo de Vida: Perene


A mais popular de todas as orquídeas é também a que apresenta maior rusticidade efacilidade de cultivo, não dispensando no entanto os cuidados básicos que toda orquídea necessita. As cores podem variar muito, pois sofreu intenso melhoramento e hibridização. A coloração mais comum é a branca com as extremidades rosadas e o labelo com o centro arroxeado bem escuro, transmitindo a sensação de ser um olho. Seus pseudobulbos apresentam coloração verde clara a amarelada. Algumas variedades apresentam porte menor e outras porte maior.

Todos os dendróbios são epífitos, isto é, desenvolvem-se sobre o tronco das árvores. Elas não são parasitas, como muitos poderiam pensar, apenas utilizam as árvores como suporte e proteção para o seu crescimento. Por este motivo elas podem ser cultivadas sobre as árvores, inicialmente amarradas com barbantes ou sisal. Seu efeito fica maravilhoso em palmeiras. Podem ser cultivadas em vasos também, preferencialmente de barro, madeira ou cerâmica, bem forrados com pedriscos para uma perfeita drenagem. O substrato pode ser composto de uma mistura de cascas de árvores, carvão vegetal, cascas e fibras de côco, entre outros materiais próprios para epífitas. Não enterre o rizoma (caule paralelo ao solo) ao plantar seu Dendróbio, ele deve ficar sobre o substrato.

Devem ser cultivados à meia-sombra ou pleno sol (apenas para locais frescos e ventilados), com regas freqüentes no verão e reduzidas no inverno. A adubação deve ser suave e diluída, preferencialmente orgânica, como torta de mamona e farinha de ossos. Atualmente encontramos adubos próprios para orquídeas, de liberação lenta. Multiplica-se por divisão da planta, preservando pelo menos 3 pseudobulbos para cada muda, com rizoma e raízes. Evite subdividir demais as plantas, sob pena de elas enfraquecerem muito.


Autor: Raquel Patro




Foto: Rita Barreto
Nome Científico: Dendrobium phalaenopsis
Sinonímia: Dendrobium bigibbum var superbum
Nome Popular: Dendróbio-falenopsis, dendróbio-compacto, olho-de-boneca
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Austrália
Ciclo de Vida: Perene


Planta de popularização recente, o dendróbio-falenópsis é um híbrido entre duas espécies epífitas. Seus pseudobulbos se assemelham aos dos dendróbios e suas flores são bem parecidas com as das falenópsis.

É muito cultivada em vasos e como flor de corte. Faz parte do grupo dos dendróbios de folhas persistentes, mas que devem ser mantidos em temperatura quente. A temperatura noturna, nunca abaixo de 15º Celsius no inverno e abaixo de 17ºC no verão. Gostam de luz intensa, mas crescem em condições de pouca luz.

A redução de regas após o período de crescimento é necessária para a boa formação da inflorescência. A água deve ser abundante quando a floração começa e diminuída outra vez até o aparecimento de novos brotos. É essencial usar a água em borrifador durante esses períodos de racionamento de água. Sua época de floração está entre setembro e novembro.

O substrato pode ser o mesmo que o de outras epífitas, como cascas de árvores, carvão vegetal, e fibras de côco. Deve ser fertilizada com produtospróprios para orquídeas ou adubos orgânicos de liberação lenta. Multiplica-se por divisão da planta, preservando pelo menos 3 pseudobulbos para cada muda, com rizoma e raízes.


Autor: Raquel Patro





Foto: Rita Barreto
Nome Científico: Epidendrum sp
Nome Popular: Epidendro, orquídea-estrela, orquídea-crucifixo
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Central e América do Sul
Ciclo de Vida: Perene


Este gênero compreende numerosas e diferentes espécies, em sua maioria, de características epífitas ou terrestres. A maior parte encontra-se em locais de altitude do Perú, Equador e Colômbia. Uma característica interessante de muitas espécies deste gênero é que suas flores não fazem o movimento que as flores das orquídeas fazem para se posicionar de modo que o labelo fique como uma pista de pouso para os polinizadores, isto é, horizontal com inclinação para baixo.

A inflorescência é como um pequeno buquê de flores pequenas, bastante durável. As flores apresentam coloração muito variada, de acordo com a espécie ou híbrido.

Os híbridos mais populares no Brasil, são geralmente terrestres e apreciam luminosidade intensa, com luz direta nas horas mais frescas do dia. Devem ser cultivados em uma mistura leve de areia, fibra de côco e um pouco de terra vegetal. A adubação deve ser suave, preferencialmente orgânica, como torta de mamona e farinha de ossos. Atualmente encontramos adubos próprios para orquídeas, de liberação lenta.

Multiplica-se por divisão da planta, preservando pelo menos 3 pseudobulbos para cada muda, com rizoma e raízes. Comercialmente pode ser multiplicada por sementes e por meristema, através de uma avançada tecnologia laboratorial que permite a produção em grande escala de milhares de clones da mesma planta.


Autor: Raquel Patro




Foto: Tácio Philip
Nome Científico: Miltoniopsis sp
Nome Popular: Orquídea-amor-perfeito, miltônias-colombianas
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Colômbia, Peru, Equador e Panamá
Ciclo de Vida: Perene


Consideradas as orquídeas-amor-perfeito, pela semelhança de suas flores com o amor-perfeito, as Miltoniopsissão orquídeas epífitas e delicadas. Muitas vezes confundidas com Miltonias, as Miltoniopsis diferem destas por apresentarem uma folha por pseudobulbo ao invés de duas. Outra diferença marcante é que os psedobulbos de Miltoniopsis são bem próximos, enquanto que os de Miltonias são separados por um longo rizoma. As floresda orquídea-amor-perfeito são grandes, planas, duráveis e perfumadas, com belas cores. É considerada por muitos uma orquídea de difícil cultivo, não recomendada para orquidófilos iniciantes.

Apreciam luz difusa, e quando na luminosidades correta apresentam um leve tom rosado nas folhas. Luz em excesso deixa suas folhas avermelhadas ou amareladas. Devem ser cultivadas em substrato leve, próprio para epífitas, com grande capacidade de reter umidade, como fibra de côco. Requer regas freqüentes, sem encharcamento. Multiplica-se divisão da planta.


Autor: Raquel Patro




Foto: Tácio Philip
Nome Científico: Oncidium sp
Nome Popular: Chuva-de-ouro, oncídio
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Latina
Ciclo de Vida: Perene


Oncídio ou chuva-de-ouro são nomes populares dados a um grande grupo de espécies de orquídeas, pertencentes ao gênero Oncidium. A principal característica deste gênero é a presença de um calo situado na base do labelo da flor. O oncídio mais popular é o Oncidium varicosum, de flores quase que totalmente amarelas.

As flores dos oncídios, no entanto geralmente se apresentam amarelas, marrons, verdes, alaranjadas e não raramente tigradas. Outra característica bastante presente é que as pétalas e sépalas são bastante pequenas em relaçao ao labelo. Na sua maioria epífitas, seus pseudobulbos são ovalados e achatados e contém duas ou quatro folhas cada. Muito utilizados como flor-de-corte.

Devem ser cultivados à meia-sombra, em substrato adequado à espécie, em geral preparados para epífitas, como fibras de côco, casca de pinus, entre outros materiais. Além de se adaptar ao plantio em vasos, vegeta muito bem quando fixado no tronco de árvores com barbante ou sisal. Aprecia a umidade e deve ser irrigado sempre que o substrato se apresentar seco. Tolerante ao frio. Multiplica-se pela divisão da planta, mantendo-se pelo menos três pseudobulbos por muda. Comercialmente multiplica-se por sementes.


Autor: Raquel Patro




Foto: Tácio Philip
Nome Científico: Paphiopedilum sp
Nome Popular: Sapatinho, orquídea-sapatinho, sapatinho-de-dama
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia Tropical
Ciclo de Vida: Perene


As orquídeas do gênero Paphiopedilum são famosas pela peculiar forma de suas flores. Em sua maioria terrestres, elas se caracterizarm por um labelo que parece uma taça ou saco, a sépala dorsal proeminente e as sépalas laterais fundidas e discretas atrás do labelo. As folhas são rígidas, cerosas ou coriáceas, de verde brilhante ou manchadas.

O gênero compreende entre 60-80 espécies, distribuídas desde a Índia à China e às Ilhas Salomão. A característica mais distintiva deste gênero é o estame reduzido em forma de placa, no centro da flor. As flores podem apresentar cores, formas e texturas variadas de acordo com a espécie, variedade ou híbrido.

Devem ser cultivadas sempre à meia-sombra, em substrato de acordo com a espécie, podendo ser terrestre, epífita (vegeta sobre outras árvores) ou litófitas (vegeta sobre rochas). Aprecia a umidade e regas regulares, realizadas sempre que o substrato secar. Multiplica-se por divisão da planta, preservando a estrutura completa das mudas, com folhas, rizoma e raízes.


Autor: Raquel Patro




Foto: Barbosella
Nome Científico: Phaius tankervilleae
Sinonímia: Bletia incarvillei, Bletia tankervilleae, Calanthe bachmaensis, Calanthe speciosa, Dendrobium veratrifolium, Limodorum incarvilliae, Limodorum spectabile, Limodorum tankervilleae, Pachyne spectabilis, Phaius australis, Phaius bernaysii, Phaius bicolor, Phaius blumei, Phaius carroni, Phaius giganteus, Phaius grandifolius, Phaius incarvillei, Phaius leucophaeus, Phaius mannii, Phaius oweniae, Phaius roeblingii, Phaius tenuis, Phaius veratrifolius, Tankervillia cantoniensis, Phaius tancarvilliae, Phaius tankervilliae, Limodorum tancarvilleae
Nome Popular: Capuz-de-freira, Freirinha, Orquídea-da-terra, Orquídea-terrestre, Faio
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Austrália, Indonésia, Malásia, China e Tailândia
Ciclo de Vida: Perene


O capuz-de-freira é uma orquídea terrestre, nativa de regiões tropicais da Ásia e Oceania, em locais de até 1300 metros de altitude, pantanosos e úmidos. Ela apresenta pseudobulbos cônicos a ovais, envoltos desde a base pelas bainhas foliares. As folhas são elíptico-lanceoladas, acuminadas, plissadas, coriáceas, grandes e em número de 3 a 4 por pseudobulbo. As inflorescências são altas, chegando a 1,8 metros de altura, eretas, basais, do tipo rácemo e com numerosas flores que se abrem sucessivamente de baixo para cima. As flores são perfumadas, duradouras, de cor marrom-terrosa, com o verso branco, e labelo cônico, rosa escuro. Há também uma variedade 'Alba', com a flor amarelo-esverdeada e o labelo branco.

O capuz-de-freira é umas das orquídeas terrestres mais fáceis de cultivar. Ela é muito rústica, de crescimento rápido a moderado e floração abundante. Sua folhagem é decorativa também, formando touceiras que prestam-se para plantios isolados, bordaduras e maciços, valorizando jardins tropicais. Esta orquídea também pode ser plantada em vasos, preferencialmente largos e de pouca profundidade, e desta forma é própria para adornar interiores bem iluminados, varandas e pátios.

Deve ser cultivada sob meia-sombra ou luz difusa, em substrato humoso, composto por terra comum, terra vegetal e material fibroso, como casca de pinus ou côco, mantido úmido, mas sem encharcamento. A porcentagem de sombreamento para esta espécie é de 30%. Não tolera o frio intenso ou geadas (manter acima de 5ºC). Aprecia adubações freqüentes durante o período de crescimento vegetativo e floração. Multiplica-se por separação dos pseudobulbos, sementes e estaquia do pendão floral (após a floração).


Autor: Raquel Patro




Foto: Tácio Philip
Nome Científico: Phalaenopsis x hybridus
Nome Popular: Falenópsis
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Polinésia
Ciclo de Vida: Perene


Falenópsis é o nome popular dado a um grande grupo de espécies e híbridos de orquídeas, pertencentes ao gênero Phalaenopsis. Esta orquídea epífita, apresenta crescimento monopodial, isto é, a folhas novas surgem sobre as folhas mais velhas e ela não apresenta mudas laterais. Desta forma, é muito diícil a multiplicação por divisão da planta, como ocorre com as orquídeas de crescimento simpodial.

As flores da falenópsis são arredondas com as duas pétalas superiores bastante grandes, o labelo é menor e muitas vezes possue coloração diferenciada. As cores variam muito, entre o branco, o rosa, o amarelo, o púrpura, etc, com combinações e tonalidades diferentes, podendo ser pintalgadas ou não.

Além de ser largamente comercializada em vasos, pode ser fixada sobre o tronco das árvores. Muito utilizada como flor-de-corte. É uma planta que confere sofisticação a ambientes internos. A floração ocorre na primavera e verão e as hastes florais devem ser escoradas com um tutor.

Devem ser cultivadas à meia-sombra, em substrato adequado à espécie, em geral preparados para epífitas, como fibras de côco, cascas de árvores, carvão vegetal, entre outros materiais. Aprecia a umidade e deve ser irrigada sempre que o substrato se apresentar seco. Tolerante ao frio.

Multiplica-se comercialmente por sementes e meristema. Raramente surgem brotos na haste floral, neste momento aguardamos seu desenvolvimento e separamos quando apresentar quatro folhas e raízes.


Autor: Raquel Patro




Foto: Jean-Pol Grandmont
Nome Científico: Sobralia macrantha
Sinonímia: Cattleya macrantha, Cyathoglottis macrantha
Nome Popular: Sobrália, Orquídea-bambú
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Central e México
Ciclo de Vida: Perene


A sobrália, também conhecida como orquídea-bambú, é uma orquídea terrestre que forma moitas cheias, comflores enormes e belíssimas. Seu crescimento é simpodial, com pseudobulbos longos, delgados e flexíveis, que alcançam até 2 metros de altura, formando touceiras. Suas folhas são plissadas, lanceoladas e de cor verde escura. As flores abrem-se no inverno, e são solitárias, de cor lilás, com um labelo grande de centro amarelo, com a borda inferior encrespada. Elas medem cerca de 25 cm de diâmetro e duram cerca de dois dias apenas, mas abrem-se sucessivamente, permanecendo a planta florida por cerca de um mês.

No jardim, a sobrália presta-se para a formação de moitas junto às árvores, assim como ao longo de muros, construções, cercas e caminhos, preferencialmente com disposição alternada e irregular para um efeito informal. Touceiras cheias em gramados bem cuidados são esplendorosas. Sua beleza tropical e as flores grandes e perfumadas encantam a todos. Também pode ser plantada em vasos e jardineiras, preferencialmente largos e rasos, para valorizar o aspecto entouceirado da planta.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, humoso, drenável, enriquecido com matéria orgânica e mantido úmido, sem no entanto encharcar. Esta orquídea aprecia solo com pH neutro a levemente alcalino, portanto a calagem com um punhado de calcário é bem vinda antes do plantio. Apesar de ser indicada para sol pleno, é recomendável que se proteja a planta nas horas mais quentes do dia. Fertilizações mensais com bokashi e farinha de ossos, estimulam intensas florações. Multiplica-se por divisão das touceiras, de forma que cada muda possua pelo menos cinco pseudobulbos, além de rizoma e uma boa parte das raízes. As mudas recém formadas devem ser tutoradas com amarrios e estacas e protegidas dos ventos para evitar tombamentos.




Foto: Christiane Calderan
Nome Científico: Vanda sp
Nome Popular: Vanda
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia
Ciclo de Vida: Perene


O gênero Vanda é considerado um dos cinco mais importantesgêneros comerciais de orquídeas no mundo. Elas são em sua maioria epífitas, isto é, vegetam sobre o tronco das árvores, mas às vezes são litófitas ou terrestres. Seu hábito de crescimento é monopodial, e as características das folhas variam muito de acordo com o habitat, podendo ser largas e achatadas, de forma ovoíde, cilíndricas, ou suculentas. Produzem poucas ou muitas flores, achatadas, que surgem de uma inflorescência lateral. As cores das flores podem ser muito diversas, desde amarelo, marrom, vermelho, azul, vinho, rosa com marcações ou pintas.

O labelo apresenta um pecualiar dente em sua borda superior. As florações ocorrem mais de uma vez por ano e as flores são muito duráveis. Largamente utilizada em hibridizações, as mais importantes espécies comerciais são a V. coerulea, V. sanderiana e V. dearei, que conferem às suas filhas respectivamente flores azuis, vinho e amarelas. Na foto vemos a Asconcenda Princess Mikasa, um híbrido muito conhecido entre Vanda e Ascocentrum.

Devem ser cultivadas sempre à meia-sombra em substrato próprio para epífitas, como fibra e casa de côco, cascas de árvores, carvão vegetal, entre outros, preferencialmente em orquidários telados ou estufas. Aprecia a umidade e regas regulares, realizadas sempre que o substrato secar superficialmente. Multiplica-se por divisão da planta, preservando a estrutura completa das mudas, com folhas e raízes.


Autor: Raquel Patro




Foto: Lian Chang
Nome Científico: Vanilla sp
Nome Popular: Baunilha, vanila
Família: Orchidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Américas
Ciclo de Vida: Perene


Baunilha é o nome popular dado às orquídeas do gênero Vanilla. Elas sãoplantas herbáceas, terrestres e trepadeiras, conhecidas mundialmente pelo aroma de seus frutos. Em geral, estas orquídeas apresentam caule verde, cilíndrico, de crescimento monopodial, podendo alcançar 20 a 30 metros de comprimento, dependendo do suporte em que estão apoiadas. Além das raízes terrestres, elas também emitem raízes adventícias ao longo do caule, que aderem no suporte e são responsáveis pela sua fixação. Suas folhas são alternadas, ovais a lanceoladas, coriáceas, verde-escuras, reduzidas em algumas espécies.

As flores não são o principal atrativo deste gênero, ao contrário de outras orquídeas. Ela são bonitas e grandes, solitárias ou em rácemos, mas pouco duráveis, apresentam coloração amarela ou esverdeada, com o labelo de tonalidade amarela mais forte. Quando polinizadas, originam frutos alongados e cilíndricos, que demoram alguns meses para amadurecer. Em cultivo comerciais, o processamento das favas de baunilha é bastante complicado e cheio de segredos.

As favas devem ser colhidas no ponto certo de maturação, para somente então iniciar o delicado e longo processo de secagem e cura ao sol ou em estufas. As vagens somente estarão prontas quando ficarem bem escuras e macias, com o aroma bastante acentuado. As favas de baunilha são largamente utilizadas na culinária, aromatizando sobremesas como cremes, sorvetes, bolos e tortas. Seu aroma também é aproveitado na confecção de perfumes, cosméticos e produtos de higiene pessoal. É consagrado por possuir propriedades afrodisíacas.

As baunilhas devem ser cultivadas à meia-sombra, sendo adequado fitragem de 50% da luz do sol por sombrite. Também desenvolvem-se muito bem sob a copa de árvores não muito densas, como as frutíferas em geral. O plantio deve ser realizado com estacas longas, de pelo menos 80 cm, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica. Elas devem ser amarradas a tutores, como ripas de madeira de 1,5 metros ou tronco de árvores, pelo menos até a sua fixação através das raízes adventícias.

Adubações regulares com matéria orgânica, irrigação periódica e polinização manual são os principais tratos culturais da baunilheira estabelecida. As espécies comerciais mais importantes são a V. planifolia, sendo esta a principal fonte natural de baunilha, a V. pompona, a V. trigonocarpa e a V. tahitensis.


Medicinal

Indicações: Afecções uterinas e nervosas, diarréias, espasmos, esterilidade, fraqueza, flatulência, impotência, reumatismo, depressão.
Propriedades: Afrodisíaca, antiespasmódica, emenagoga, anti-séptica, colerética, estimulante.
Partes usadas: Frutos secos e curados.


Autor: Raquel Patro